Biografia
Nascido em 1831, no seio de uma família tradicional, Anko Itosu era uma criança de comportamento introspectivo e de pequena estatura; quando adulto, sua altura era de 1m55, aproximadamente. Foi educado nas letras clássicas chinesas, tornando-se calígrafo naquele tipo de escrita.
Dotado de educação de qualidade, Itosu obtém ingresso no serviço público de Oquinaua. E, por recomendação do grande amigo Yasutsune Asato, passou ocupar o cargo de secretário do último rei de Ryukyu, Sho Tai, até a deposição daquela linha dinástica, em 1879, pelo Japão.
O mestre começou seu treiamento de caratê, que na época ainda se nomeava de To di, ou Toudi ou To-de, sob a tutela de Nagahama Chikudun Peichin. Em continuidade, foi aluno de Kosaku Matsumora e, eventualmente, seus estudos de caratê conduziram-no ao dojô de Sokon Matsumura, que na época já se tinha tornado amigo de seu pai. Um aspecto do treino era a makiwara.
Empregou grandes esforços para fazer de sua arte marcial aceita no Japão, o qual era muito resistivo por dois motivos, principalmente: como Oquinaua era uma ilha em sua maioria habitada por pescadores e agropecuaristas (muito distantes do ideal samurai), não era vista como origem de uma arte marcial verdadeira, e porque o To-di era fortemente influenciado pelo kung-fu chinês, era visto com preconceito no reino japonês.
Após a anexação, buscou a paz e colaborou com o imperador Meiji.
Posto que tenha (de certa forma) fracassado no intuito de difundir o caratê por todo o Japão, suas ideias floresceram e vingaram depois com seus discípulos, diretos e indiretos. Teria sido do meste Itoso a alteração do nome To-di (mão chinesa) para kara-te (mão vazia), a qual foi levada a termo pelo mestre Gichin Funakoshi, logrando êxito na difusão da arte, não só no Japão mas no mundo inteiro. Atribui-se o insucesso do mestre ao fato de, em sua época, o caratê ainda ser visto como sendo de forte influência chinesa e, porque as relações entre Japão e China sempre tinham sido muito ásperas, não era bem visto. De certo modo, Oquinaua era visto como uma terra estrangeira.
Investigando o caráter de Itosu, descobre-se que ele foi uma espécie de figura paterna para os seus alunos, enquanto que, fisicamente, possuia um peito largo como um barril, tinha uma longa barba e possuia uma grande força interior. Itosu era imensamente cauteloso, reservado e mantinha em seu dojô em Kubagawa uma disciplina espartana.
Em 1901, o mestre, na sua tentativa de difundir o caratê por todo o Japão, passou a ensiná-lo na escola de ensino fundamental de Shuri Jinjo e na de ensino médio Dai Ichi; em 1905, em Oquinaua.
Contribuições
Pela concepção de artista marciail que Itosu possuía, ele concluiu que numa luta a pessoa não precisa mover-se muito, e desviar dos golpes, mas, ao contrário, deve ser capaz de absorver e assimilar os mais duros golpes. Isso divergia da visão de Anko Asato, que pensava serem as mãos e os pés equiparáveis a lâminas e que o contato com o oponente devia ser evitado a qualquer custo. Comentavam sobre essa visão Choshin Chibana, que dizia que Itosu tinha um soco muito potente, e Sokon Matsumura acrescentava que, sim, Itoso tinha um soco poderoso, pero não era capaz de atingí-lo.
De qualquer forma, Anko Itosu, por todos os seus esforços e contibuição de modo a simplificar e sistematizar o ensino do caratê, é considerado como o "Pai do caratê moderno". Ele pensava que o modo como se ensinava a arte marcial até seu tempo era antiquado e não proporcionava sua completa compreensão, o que dificultaria ainda sua introdução como disciplina esportiva nos currículos escolares.
O mestre, como forma de facilitar o aprendizado das técnicas, introduiziu o conceito de kihon, uma técnica simples e isolada. Sobre o kata Channan, Itosu, porque o considerava muito complexo e difícil de ser aprendidos por crianças, principalmente, alterou alguns mocvimentos e o dividiu em sequências menores, criando a série Pinan. Procedimento similar aplicou ao kata Naihanchi, que passou a ser uma série de katas também. Em 1908, Itosu escreveu Todê jukun, os Dez Preceitos do Karatê.
Por suas palavras ele descrevia.
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